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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Recursos Web 2.0

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AS NOVAS TECNOLOGIAS A SERVIÇO DA EDUCAÇÃO

EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

INTRODUÇÃO

O tema do presente artigo são As Novas tecnologias a Serviço da educação, que abordará as propostas do ensino a distância, seus prós e contras e sua aplicabilidade no contexto nacional.

Tem por finalidade esclarecer, informar e desmistificar sofismas relacionados ao assunto, objetivando facilitar o entendimento e as relações com esta nova proposta de modalidade de ensino.

Os principais pontos abordados serão:

•A Educação à distância;
•Ensino e Aprendizagem via WEB;
•Profissionais atuantes no processo;
•Realidade Brasileira;
•Considerações finais.
MÉTODOS

Para compor o presente trabalho foram utilizadas novas metodologias tecnológicas aplicadas no ensino à distância, são elas:

•Acesso a Ambientes Virtuais;
•Pesquisas e Consultas via WEB;
•Comunicação Síncrona e Assíncrona na coleta de informações;
•Ferramentas e programas utilizados a serviço da Educação a Distância.
DESENVOLVIMENTO

Entendendo a EAD


A sociedade atual constitui-se em uma nova fase da história humana em que as tecnologias da informação e da comunicação estão penetrando com profundidade e velocidade provocando rápidas transformações nas relações humanas. A revolução tecnológica e os avanços dos conhecimentos nas sociedades de consumo de nossos dias inserem-se num contexto sócio-econômico que inclui uma lógica de exclusão e inclusão.

O acesso à informação e ao conhecimento tem-se tornado determinante para que as pessoas possam participar e compreender o mundo em transformação, para que não se sintam excluídas nesse novo cenário, universo complexo composto de redes de conhecimento de novas tecnologias, de novas formas de empregabilidade, de aproximação geográfica, mas, muitas vezes de distanciamento físico, de novos paradigmas de entendimento e de ação numa realidade em reconstrução. Todos precisam aprender e reaprender. Todos precisam ser aprendentes, aprenderem a aprender. Dessa perspectiva nasce a necessidade de uma educação ao longo da vida que o acompanhe de forma contínua à velocidade da informação e das transformações tecnológicas e que capacite de forma contextualizada os indivíduos para as necessidades que, operativamente, vão surgindo nesta sociedade diversa, plural e complexa.

A principal particularidade da educação on-line é a de estar situada num ambiente

digitalizado, que confere algumas características pedagógicas e comunicativas diferenciadas das demais modalidades em educação. Sendo a educação a distância uma prática marcada pela separação física entre docentes e discentes, ela pressupõe uma forma de aprendizagem aberta e uma maior autonomia do sujeito em relação ao seu processo de construção do conhecimento.

A educação mediada pela Internet amplia esses conceitos e abre possibilidades para a elaboração coletiva do saber, para as trocas instantâneas de comunicação, para o acesso ilimitado às fontes de informação e, principalmente, para relações em redes, para as lógicas não-hierárquicas e não lineares.

E são exatamente essas lógicas que caracterizam o pensamento e a sociedade

Contemporânea, apontando caminhos para as novas formas de ensinar e aprender.

Atualmente, o professor não cabe mais no figurino de detentor do saber e única fonte de informação, nem é possível visualizar futuramente uma educação que siga um currículo linear e previsível como é praticada. Isso vale tanto para a educação presencial, como para os modelos à distância ou híbridos. Especialmente a educação on-line tem à sua disposição os recursos para promover ainda mais o estudo modular, por áreas de interesse e mediada por trocas de saberes entre iguais.

Dessa maneira, a educação mediada pelas novas tecnologias de informação e comunicação abre caminho para uma renovação de valores e métodos educacionais que podem resolver questões tanto da educação presencial, como da educação à distância, como maior acesso, mais interatividade, flexibilidade, continuidade, dentre outras.

A educação on-line possibilita, além das comunicações assíncronas - como correio-

eletrônico, fóruns e listas de discussão – as trocas síncronas – através de chats, por exemplo. O usuário tem a seu dispor cursos elaborados em todas as partes do país e do mundo, e os acessa na hora de sua conveniência. Além disso, os ambientes visualmente envolventes e dinâmicos mobilizam a atenção e estimulam a aprendizagem. A educação on-line caracteriza-se, assim, além da interatividade, por uma grande agilidade e sedução, dentro de uma sociedade que vê na tecnologia um atrativo e uma necessidade.

Ensino e Aprendizagem via WEB

As Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), que cada vez mais impõem sua

presença em no cotidiano atual, apresentam a possibilidade de um novo paradigma de eficiência para o desenvolvimento da educação em Web. A conexão instantânea estabelecida pela Internet não conhece limites geográficos; ela aproxima discentes e docentes no tempo e no espaço, possibilitando, assim, um acompanhamento mais cuidadoso no desenvolvimento da aprendizagem.

As possibilidades dessas tecnologias, as ferramentas dentro delas desenvolvidas, são usadas, em maior ou menor grau, dependendo dos objetivos educacionais de cada curso e das abordagens pedagógicas adotadas a partir desses objetivos.

O professor organiza o materialda forma que entende ser a mais apropriada para que o aluno desencadeie suas idéias sozinhas.Esse material será disponibilizado na Internet (como era transmitido através do rádio e da televisão) ou enviado por e-mail (ganhando uma eficiência desconhecida ao serviço tradicional dos correios).

Esse material será disponibilizado na Internet (como era transmitido através do rádio e da televisão) ou enviado por e-mail (ganhando uma eficiência desconhecida ao serviço tradicional dos correios).

A dinâmica estabelecida na abordagem chamada "virtualização da escola" é a forma de reproduzir, com o auxilio de recursos telemáticos, a interação entre aluno e professor na sala de aula tradicional. Nessa dinâmica, o professor envia pela Internet o conteúdo ao aluno que estuda e devolve, sob forma de avaliação, mostrando o que aprendeu. Para o professor não há garantias de que as informações que está transmitindo estão sendo apreendidas e internalizadas pelo estudante, o que também pode acontecer no espaço físico da escola.

A denominação "estar junto virtual", apesar de um paradoxo, enfatiza o maior potencial das TICs: oferecer a possibilidade de unir indivíduos, em tempo real, recriando virtualmente a dinâmica de um espaço físico. Mas para Maria Elisabeth Bianconcini de Almeida (2003) ressalta que "(...) não basta colocar os alunos em ambientes digitais para que ocorram interações significativas, nem tampouco se pode admitir que o acesso a hipertextos e recursos multimidiáticos dê conta da complexidade dos processos educacionais."

É preciso, portanto, que se adotem estratégias pedagógicas para estimular o aluno a

aprender e incentivá-lo a desfrutar das possibilidades oferecidas pela tecnologia no ambiente da educação. Valente explica que para criar situações que possibilitem a construção do conhecimento, é necessário o acompanhamento constante do aluno no sentido de conhecer o que ele está fazendo e lhe propor desafios.

Com relação a essa abordagem, Valente faz ainda uma ressalva importante: "(...) essa

abordagem implica em mudanças profundas no processo educacional. Mesmo a educação presencial ainda não foi capaz de implementar essas mudanças." (200?).

José Manuel Moran (200?), aponta três modelos de cursos encontrados nos ambientes

da Web. Apesar de também construir suas categorias baseando-se no grau de interação, Moran analisa as iniciativas de educação em Web a partir de um nível mínimo de troca entre alunos e professores (diferentemente, portanto, da abordagem broadcast tal como proposta por Valente).

1. Cursos focados no conteúdo. São cursos que trazem o conteúdo pronto, com pouca

interação via e-mail, listas ou fórum;

2. Cursos que equilibram conteúdo e interação. Nesses cursos, parte do conteúdo está

pronta a priori e parte é construída ao longo do processo. O conteúdo fica disponível on-line, e depois são desenvolvidas atividades de pesquisa e comunicação com os alunos, tomando aproximadamente 50% do tempo do curso;

3. Cursos que focam mais a interação que o conteúdo. Nesses, há um forte estímulo à

formação de comunidades de aprendizagem, onde a interação constante entre os alunos favorece a construção coletiva do conhecimento.

Tanto Moran (2003) quanto Valente chamam a atenção para o fato de que os

cursos focados na interação e no "estar junto" pedem turmas menores, para que a comunicação entre os participantes e o acompanhamento do processo pelo professor ocorram melhor e mais facilmente.

Mesmo assim, José Armando Valenteé categórico em defendê-la: "(...) essa

abordagem implementa uma solução educacional de alta qualidade, permitindo a preparação de cidadãos aptos a participarem da sociedade do conhecimento".

Profissionais atuantes no processo


A natureza dos ambientes virtuais, onde novas formas de relacionamento e de

aprendizagem ainda estão se construindo é, mais uma vez, determinante: desta vez, ao designar os profissionais envolvidos. Christina Marília Teixeira da Silva e Ligia Silva Leite [2000] defendem a idéia de que um curso deve ser planejado e desenvolvido por um grupo interdisciplinar por conta da complexidade envolvida tanto nos processos educativos, quanto nos tecnológicos.

Assim, profissionais de áreas de educação, design e tecnologia se unem para gerir os

cursos, trocando conhecimento e desenvolvendo novas competências. A maioria das pessoas que têm pensado essa forma de fazer educação insiste em dizer que, para desenvolver, organizar, ensinar e gerenciar um curso on-line, os profissionais encarregados devem ter vivido a experiência de ser um aluno on-line. Dessa forma, ele estará familiarizado com a dinâmica do ambiente, seus espaços, suas possibilidades, suas falhas, as vantagens que oferece e as precauções a serem tomadas. É necessário, portanto, que eles possuam alguma intimidade com a tecnologia ou, pelo menos, a vontade de desenvolvê-la. Perrenoud (2000, p.11) citando Meirieu (1989) afirma que:

... são exigidas desses novos profissionais do ensino: comunicabilidade, criatividade,

familiaridade com as tecnologias de informação e comunicação, prática reflexiva, profissionalização, trabalho em equipe e por projetos, autonomia e responsabilidade crescentes, pedagogias diferenciadas, centralização sobre os dispositivos e sobre as

situações de aprendizagem, sensibilidade à relação com o saber e com a lei.

Alguns desses profissionais são velhos conhecidos do cenário educacional, outros são pioneiros de profissões inteiramente novas, surgidas da necessidade de uma nova abordagem advinda das possibilidades oferecidas na educação on-line:

Desenvolvimento/ Produção de cursos o Coordenador Pedagógico de Desenvolvimento Responsável pelo contato direto com o cliente, é o principal interlocutor das equipes envolvidas no desenvolvimento de um curso. É ele quem busca os requerimentos quanto ao conteúdo, mapeando o perfil do público-alvo e elaborando a proposta técnica. Suas tarefas são:

• Levantamento de necessidades junto ao cliente;

• Análise;

• Desenvolvimento do projeto – escopo e objetivos do curso;

• Cronograma;

• Organização de temas;

• Elaboração de mapa conceitual do conteúdo;

• Gerenciamento das equipes.

• Conteudista

O conteudista é o especialista no assunto que será abordado num curso. É ele quem define os temas e sub-temas a serem trabalhados; organiza as informações em aulas, módulos e tópicos; elabora o conteúdo que será colocado no meio Web, incluindo: bibliografias, referências, artigos relacionados, imagens, gráficos etc.; planeja as atividades e as avaliações que serão feitas pelos alunos.

Por conta do processo especifico de elaboração de materiais para Web, ele deve, ainda, preocupar-se com a aplicação prática de conceitos, fornecendo exemplos concretos de modo a que os demais profissionais envolvidos no processo (designer instrucional e designer) possam criar formas atraentes de trabalhá-los. Sendo o conteudista o especialista no assunto, é sua responsabilidade também validar o trabalho desenvolvido por esses profissionais.

O Designer Instrucional. Esse profissional é o responsável por colocar o conteúdo educacional na metodologia de cursos on-line. É ele quem especifica as estratégias pedagógicas e os recursos que serão adotados, garantindo aprendizagem do conteúdo proposto.

Em geral, suas principais atividades são:

• Criação do mapa de navegação;

• Elaboração do storyboard - roteiro de todas as telas e documentação para a equipe de

design e para o cliente, descrevendo todas as idéias a respeito do projeto de identidade visual, das imagens, animações e padrões de interações;

• Definição dos recursos a serem adotados - vídeo, CD-ROM, acesso pela Web, biblioteca digital, textos etc;

• Criação de enredo, quando necessário;

• Definição de animações e ilustrações a serem incluídas no curso;

• Interações - perguntas, situações-problema etc, que despertem a curiosidade do aluno

para os assuntos abordados e propiciem o encadeamento dos objetivos específicos do curso;

• Estabelecimento dos links para buscas aprofundadas de informação relacionada ao conteúdo proposto;

• Interação permanente com os designers para explicar como deve se dar o desenvolvimento do curso e "interpretar" o storyboard;

• Validação, junto ao conteudista e ao cliente, do curso desenvolvido, analisando e implementado os ajustes que se fizerem necessários;

• Acompanhamento do desenvolvimento do conteúdo a ser trabalhado pelos designers e programadores, bem como da navegação;

• Revisão do conteúdo e da navegação em sua forma final.

• Designer. O designer é o responsável pela identidade visual do curso e por todos os recursos gráficos.

Seu trabalho é desenvolvido a partir do storyboard do designer instrucional, onde estão incluídas todas as instruções necessárias para a criação de imagens, ilustrações e animações.

A interação desse profissional com o designer instrucional é fundamental, pois embora a estética seja sempre importante, e em cursos on-line não é diferente, o que norteia esse trabalho é a definição do conceito, do procedimento, do convite à compreensão, ao diálogo, entre outras coisas. Nesses cursos, a imagem não deve ser simplesmente um "enfeite", mas vir carregada de significados em relação ao tema trabalhado. E, assim como o texto, cumprir o papel de interlocutor do aluno.

• Programador. Profissional que implementa o projeto do curso, utilizando para isso ferramentas de software adequadas, tais como: linguagens de programação, sistemas de banco de dados e ambientespara desenvolvimento Web. Ele geralmente trabalha com o designer, viabilizando suas criações.

• Coordenador Pedagógico. O objetivo do trabalho de um coordenador pedagógico on-line é o mesmo do seu trabalho no ensino presencial: acompanhar o processo de implementação e oferta do curso (relacionamento entre professor/aluno; aluno/aluno; desenvoltura entre participantes, eficiência do material didático etc), observando o que está ou não funcionando e propor mudanças se for o caso.

Ele deve estar sempre atento ao trabalho do tutor, verificando de que forma está gerenciando as atividades, as avaliações e a freqüência dos alunos.

• Tutor. A função de um tutor on-line vai além dos modelos tradicionais de educação, aproximando-se da postura exigida pelas novas metodologias de ensino como o construtivismo e o sócio-colaboracionismo.

Seu trabalho é o de guiar o aluno através do conteúdo, orientá-lo, gerar discussões, proporcionar desafios e reflexões, oferecer caminhos novos, estimulá-lo e motivá-lo durante todo o processo. O tutor pode ter uma equipe que o auxilie nas questões gerenciais como contatos com alunos, registros de freqüência, notas etc. No entanto, a quantidade de alunos a atender e a natureza do curso são variáveis que podem definir se o tutor terá ou não uma equipe que o auxilie em outras tarefas. O fato é que se estiver trabalhando sozinho, o tutor precisará de uma disponibilidade de tempo muito maior que a de um professor tradicional. O acesso freqüente do professor ao curso é importante e deve acontecer pelo menos uma vez ao dia. Como será abordado posteriormente, a falta de acompanhamento do tutor pode gerar no aluno falta de motivação e sentimento de abandono.

É importante mencionar que alguns autores diferenciam as figuras de professor e tutor, dando ao primeiro o status de articulador das informações e auxiliar no processo de aprendizagem, enquanto o segundo ficaria somente com algumas atividades gerenciais necessárias a educação on-line. A título de esclarecimento, neste trabalho, estamos chamando de tutor, o profissional que acumula essas duas (e mais algumas outras) funções.

O tutor pode, ou não, atuar como conteudista já que, de qualquer forma, ele deve ser alguém que domina profundamente o conteúdo. No entanto, para ser tutor on-line, o conteudista deve desenvolver habilidades especificas intrínsecas aos ambientes de aprendizagem.

Sendo o trabalho do tutor o tema deste curso, é evidente que alguns parágrafos não encerram sua complexidade. A próxima unidade será inteiramente sobre isso.

• Suporte Técnico. O suporte técnico é o responsável por garantir a infra-estrutura do curso, mantê-lo em funcionamento e também responder dúvidas, resolver problemas técnicos e ajudar o aluno a utilizar melhor os recursos disponíveis. Para isso, deve conhecer bem o ambiente do curso e estar a par dos materiais que serão utilizados. Sua atuação irá garantir que os alunos possam, além de acessar esses materiais com sucesso, inserir seus próprios trabalhos ao longo do processo. Desta maneira, ele será requisitado não só na preparação do curso, mas também – e principalmente – ao longo de sua duração.

Realidade Brasileira

No Brasil, os primeiros registros de iniciativas de educação a distância foram encontrados a partir da década de 20 e apontam, majoritariamente, no sentido de uma educação voltada para o ensino de profissões, visando suprir a demanda por uma mão-de-obra mais qualificada, ou voltada para o ensino básico, mas, de maneira geral, atendendo a um público desfavorecido econômica e socialmente, que não tinha acesso à educação regular. Esse público morava fora dos grandes centros, não dispondo de meios e tempo para freqüentar cursos presenciais. Aos poucos, os materiais impressos enviados pelo correio, o rádio e a TV foram delineando a trajetória da EAD no Brasil até sua institucionalização, na década de 70, com a criação dos Centros de Ensino Supletivo(CES).

Ao se falar em educação a distância no Brasil, algumas referências são imediatamente

lembradas como, por exemplo, o Projeto Minerva, que através do Serviço de Radiodifusão Educativa do Ministério da Educação e Cultura, iniciou suas atividades a partir de 1º de setembro de 1970.

Esse projeto, apoiado por uma portaria interministerial (1970), ia ao ar em caráter obrigatório e dava ênfase à educação de adultos. Outros exemplos muito lembrados são o Instituto Universal Brasileiro que, a partir de 1941, lança vários cursos profissionalizantes por correspondência e até hoje se mantém ativo, e os Tele-cursos de 1º e 2º graus, produzidos pela Fundação Roberto Marinho que, através de uma rede de emissoras de grande alcance, abraça uma larga parcela da população com necessidade de dar continuidade à sua formação básica, e utiliza um modelo híbrido de curso. Hoje, o Tel-ecurso 2000, em convênio com a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), integra os conteúdos do ensino fundamental e do médio utilizando multimeios, associando livros e aulas em vídeo, que podem ser assistidas em casa ou nas Telessalas™ (locais aonde os alunos encontram equipamento para assistir ao vídeo, material de apoio e um orientador de aprendizagem). De 1995 até março de 2005 estima-se que esses cursos tenham atingido cerca de 4 milhões de pessoas. Para esse projeto, a Fundação tem desenvolvido parcerias com órgãos governamentais de vários estados do Brasil implementando-o como uma política pública para a solução de problemas educacionais.

Atualmente, diversas são as iniciativas que ampliam as ofertas de EAD. Segundo o Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância (Abraed 2005), lançado pelo Instituto Monitor e pela Abed (Associação Brasileira de Educação a Distância), em 2004, pelo menos 1.137.908 debrasileiros se beneficiaram de algum curso de ensino a distância no país. Esse número é resultadoda soma da quantidade de alunos matriculados em instituições oficialmente credenciadas peloMEC com os números do Sebrae, da Fundação Roberto Marinho, do Senai, Senac, Governo do Estado de São Paulo e Telemar, que representam as seis maiores instituições que oferecem essa modalidade de ensino.

A partir dos anos 90, no contexto de desenvolvimento tecnológico das sociedades, a criação e uso da Internet dá aos cursos a distância um fôlego ainda maior, e a nova modalidade on-line passa a legitimar e valorizar a EAD. As possibilidades interativas da Web apresentam soluções para as questões de distanciamento entre professor e aluno e colocam a educação on-line num patamar de qualificação desejada, contribuindo para sua expansão. Mesmo com as dificuldades econômicas e sociais do país, vários projetos públicos e privados têm reforçado o constante crescimento dessa modalidade, tanto na área corporativa como na acadêmica. Num país com dimensões continentais como o Brasil, a educação on-line representa uma possibilidade de solução para ultrapassar as distâncias e diferenças regionais no acesso às instituições de ensino e encontra amplo espaço para crescimento.

As iniciativas no ensino fundamental e médio que utilizam regularmente a comunicação on-line são poucas e direcionadas para um público de alto poder aquisitivo. Ainda está longe da realidade do ensino público brasileiro o uso cotidiano da Internet para a realização de tarefas em casa ou em grupos de trabalho interativos, ou até mesmo o acesso a materiais e procedimentos didáticos. A idéia da "estrada" previa que trabalhos de alunos e professores fossem transformados em documentos eletrônicos para consultas e compartilhamento. Nas escolas brasileiras, isto ainda é privilégio de poucos. O que vigora na maioria delas é a utilização do computador como editor de texto e a Internet limitada à pesquisa de temas ou à iniciativa isolada de alguns professores.

No ensino público, ações como a da Escola do Futuro da USP aplicam as pesquisas na área de educação às escolas e através de parcerias com empresas de telecomunicação e informática, criam vários projetos que atendem à população escolar. Outras universidades brasileiras têm projetos na área de educação e tecnologia aplicados às escolas públicas, mas ainda de forma tímida diante da demanda potencial.

De acordo com dados recentes do IBGE, apenas 10,6% dos lares brasileiros possuem computador. Assim, a chamada democratização da informação, que é o acesso aos meios de comunicação para toda a população, passa pelo acesso em lugares como a escola, as universidades e os locais de trabalho.

Os números brasileiros em relação ao uso da Internet como suporte educacional são ainda pequenos se comparados a países desenvolvidos como, por exemplo, o Canadá. Esse país, por sua grande extensão territorial e difícil acesso a algumas regiões, foi um dos pioneiros na implantação da EAD de maneira massiva. Hoje, estima-se que 72% de seus habitantes acessem a Web diariamente e que 90% dos estudantes possuam computador em casa. Além disso, todas as bibliotecas e escolas possuem esse serviço. Segundo Lucio Teles (2004), são oferecidos perto de 12 mil cursos superiores a distância e em algumas universidades, como a Athabasca, todos os 600 cursos são ministrados através dessa modalidade. Esse é apenas um exemplo dentre outros, ainda distante da realidade brasileira.

A Universidade de Brasília criou, nos anos 80, seus primeiros cursos de extensão a distância, iniciando um importante diálogo entre a educação universitária e as novas possibilidades de formação. Com as crescentes exigências educacionais, surgiu, no final da década de 90, uma série de cursos de extensão, especialização e graduação on-line, respaldados pela legislação educacional vigente, que passa a se preocupar em viabilizar esses novos espaços de aprendizagem. A respeito de sua validação, a educação on-line é regida pela legislação referente à educação a distância. A regulamentação, segundo Lobo Neto (2003, p. 400), foi importante para derrubar a idéia de essa modalidade ser uma alternativa experimental ou medida paliativa para atender a demanda de jovens e adultos excluídos da escola regular, na idade própria. Assim, ela "passa a ser uma estratégia regular de ampliação democrática do acesso à educação de qualidade, direito do cidadão e dever do Estado e da sociedade" .

Desde então, as universidades estão procurando adaptar-se às novas tecnologias e utilizá-las para melhorar a qualidade dos processos de ensino e aprendizagem e o acesso às redes de conhecimento. Aos poucos, as tecnologias vão sendo incorporadas e os recursos de comunicação tornam-se freqüentes no meio acadêmico, seguindo a tendência natural das sociedades contemporâneas. Os cursos presenciais não serão abandonados, mas não há dúvidas de que podem ser complementados e, em alguns casos, até substituídos por diferentes mídias, como vídeo, áudio e Internet. Peter Drucker previu que as universidades se transformariam em desertos, mas o que se vê, ao contrário dessa profecia, são universidades cheias de alunos e também de tecnologia.

Alguns desafios enfrentados pelo Ensino Superior podem encontrar respostas na educação a distância, como por exemplo: ampliar sua capacidade de ação para atender a um número crescente de alunos que concluem o ensino médio; oferecer cursos relevantes que supram a necessidade de uma educação permanente; atender às necessidades de diversificadas faixas de interesse (educação geral, educação profissional, educação para a terceira idade); flexibilizar os usos das novas tecnologias de informação e comunicação (TIC); universalizar critérios de aprovação e equivalência de currículos; integrar pesquisa científica e produção empresarial; ampliar as redes de cooperação entre instituições de ensino através das tecnologias de informação, além de aumentar as possibilidades de democratizar o acesso à educação.

Atualmente, a maioria das universidades brasileiras desenvolve programas de educação on-line, podendo oferecer cursos de graduação, extensão e pós-graduação lato sensu. Os cursos de extensão e especialização ainda são maioria e têm duração média de dois a três anos. Algumas universidades ainda estão iniciando esse processo, oferecendo poucos cursos de extensão, mas, a PUC-RS, por exemplo, já oferece mais de 34 opções diferentes entre graduação, especialização e MBA.

Outro viés da educação on-line, que contribuiu muito para a expansão da modalidade, diz respeito à educação corporativa. No Brasil, a educação corporativa apareceu na década de 90, oferecendo apenas algumas qualificações. Mas logo as rápidas transformações e urgências do mundo moderno favoreceram o seu desenvolvimento. Atualmente, muitas empresas mesclam a modalidade presencial com aquela mediada pela Internet. Porém, a partir do grande salto tecnológico representado pela Internet, os cursos pela Web tornam-se mais freqüentes. A educação on-line, além de atingir um número maior de funcionários a um custo quase 50% mais baixo do que um curso presencial, permite uma mobilidade e flexibilidade que favorece tanto a executivos

que viajam com freqüência, como a outros funcionários que veriam no deslocamento para o local de aprendizagem um empecilho para continuar seus estudos.

A maioria das iniciativas está no Sudeste, onde se concentram as maiores oportunidades de emprego e as grandes empresas. Os cursos, feitos através de universidades, institutos, centros ou escolas de diversos tipos, não estão sujeitos a credenciamento pelo Poder Público e o diploma por eles expedido não necessitando de reconhecimento oficial para ser aceito pelo mundo empresarial.

A idéia de educação corporativa traz em si a base conceitual de educação continuada, que se configura como uma necessidade real, principalmente considerando-se que: Na economia globalizada, a busca da produtividade e da qualidade coloca as empresas num estado de constante turbulência e as obriga a repensar planos, a analisar sistematicamente a concorrência, a investir em pesquisa, a fazer parcerias, enfim, a se reinventar diariamente, se preciso".(DE LUCA, 2003, p. 447).

Diante dessas demandas, algumas empresas criam suas próprias Universidades Corporativas, com planejamentos bem cuidados e estruturas compatíveis com uma visão de longo alcance para fornecer mais do que simples treinamentos. A educação permanente oferece ao usuário uma expectativa de futuro, que segundo Marco Aurélio Ferreira Vianna (200?), sai de "(...) uma programação por demanda para um plano de vida". Assim, apresenta-se não apenas como uma necessidade das empresas, mas como uma oportunidade de formação pessoal, que diminui as incertezas frente ao mundo empresarial.

Algumas empresas estabelecem sistemas de parceria com universidades para a implementação, estruturação e validação dos cursos oferecidos em suas Universidades Corporativas. A Universidade Corporativa do Banco do Brasil, por exemplo, mantém entre alguns de seus parceiros a USP (Universidade de São Paulo), a PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica), a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), a UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), a FGV (Fundação Getúlio Vargas), criando, dessa maneira, uma rede de confiança e suporte para seus cursos.

De maneira geral, a educação mediada pela Internet está ampliando seus espaços no Brasil. Porém, é preciso estar atento para o fato de que o uso da tecnologia não é resposta para todos os problemas da educação. As questões da modalidade on-line não fogem das questões da educação em geral e das questões sociais brasileiras. A inclusão digital constitui-se em mais um desafio diante dos distanciamentos sociais produzidos, mas certamente as possibilidades educativas na Web podem contribuir no sentido de unir esforço para desenhar um melhor, mais amplo e mais qualificado cenário educacional brasileiro.

Conclusão

Diante do que até o momento foi exposto, é necessário atentar para as inúmeras possibilidades que esse novo espaço educacional nos proporciona.

Aos discentes, a possibilidade de superar limites geográficos e temporais acessando a informações que os conduza ao conhecimento e à formação profissional como nunca antes se houvera proposto, permitindo que essa grande fatia de desfavorecidos deixe de fazer parte das estatísticas alarmantes de baixa ou nenhuma educação.

Aos docentes, a oportunidade de adquirir novos conhecimentos, trocar informações e experiências entre mestres, bibliotecas virtuais e aprendizes, uma vez que a educação com base tecnológica tem como um dos principais objetivos induzirem à pesquisa, levando cada um, seja ele discente ou docente, a construir o seu próprio conhecimento, seu banco de dados intelectual.

Assim o professor tem a função de facilitar, instigar, promover, incentivar, assumindo uma parceria com o aluno e deixando aquela antiga imagem retrógrada de "detentor do conhecimento".

É claro que sempre haverá prós e contras, vantagens e desvantagens como em todas as esferas, mas os resultados comprovam o avanço educacional que essas novas tecnologias trouxeram e isso é um fato que não podemos negar mesmo aqueles que oferecem resistência a essa nova realidade de ensino. Fica a critério de cada um o modo e a finalidade de utilização das ferramentas tangíveis e intangíveis que a tecnologia proporciona tanto em âmbito educacional como em qualquer outro segmento, uma vez que as intenções humanas são imprevisíveis e implícitas em cada um.Afinal quem pode garantir que em um espaço construído para ministração de aulas tradicionais e presenciais não haja pessoas mal intencionadas e desinteressadas?

Mesmos os mais otimistas não podem acreditar que os meios virtuais que as novas tecnologias educacionais proporcionam, seja a solução para a erradicação da falta de conhecimento. Em uma análise realista da história do homem, sempre observamos diferenças de classes que facilitam ou dificultam o acesso à informação.

Sempre haverá excluídos. A proposta que essa nova tecnologia nos traz é a possibilidade de diminuirmos consideravelmente esses números estatísticos deprimentes de pessoas sem acesso à educação e à formação profissional.

A tendência nesse novo segmento é avançar e se aprimorar cada vez mais, uma vez que as novas tecnologias estão a serviço de todas as camadas e segmentos sejam eles sociais, culturais, educacionais e comerciais. Precisamos aprender a conviver e a sobreviver na nova terra pós-dilúvio que marca um novo tempo na educação, àqueles que não aprenderem a se relacionar com essas novas ferramentas ficará cada vez mais limitados, tanto na vida profissional como na intelectual uma vez que as grandesbibliotecas e fontes de pesquisa estão sendo registradas em um imenso banco de dados virtual e isso já é uma realidade quer as pessoas gostem ou não.

É necessário que todos estejam atentos para as novas perspectivas que estão sinalizando para o futuro da educação, deixando de lado preconceitos, e os famosos paradigmas tão questionados nos meios acadêmicos.

Essas novas perspectivas devem ser vistas como desafios e oportunidades de crescimento e caso algo dê errado, terá a oportunidade de ser corrigida como toda nova boa idéia, todo bom novo projeto em fase de teste.

É preciso otimismo e empreendedorismo diante dos desafios propostos, pois consiste em uma oportuniza a possibilidade de provar-se que discurso atualmente defendido é verdadeiro no que referimos à inclusão sócio-educacional, rompimento de paradigmas e processo de aprendizagem continuada para todos.

REFERÊNCIAS

LÉVY, P. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. São Paulo: Ed. 34, 1993.

Lévy, P. Educação e cybercultura, 1993.

MACIEL, Ira Maria. Educação a distancia. Ambiente virtual : construindo significados. Rio de Janeiro, v. 28, n. 3, p. 38-45, set./dez. 2002.

.

MORGADO, L. O papel do professor em contextos de ensino on-line: problemas e

virtualidades. In: Discursos. Série, 3. Universidade Aberta, 2001. p. 125-138.

PRADO, M. E. B. B. Educação à distância: os ambientes virtuais e algumas possibilidades pedagógicas.



Fonte: http://www.webartigos.com/articles/13757/1/AS-NOVAS-TECNOLOGIAS-A-SERVICO-DA-EDUCACAO/pagina1.html#ixzz18Nb5wIDb
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Quem está no comando?

Tudo muda com um piscar de olhos. A televisão vai acabar. O jornal vai acabar. O mundo vai acabar. De maneira alarmista, para variar, o ser humano já está, mais uma vez, decretando a morte de algo que acaba de nascer para lançar o novo, o mais prático, o mais moderno. Há alguns anos, a internet não era nada. Mal as pessoas conheciam o ICQ, e lá estava o MSN. Messenger? Pra quê, o Gtalk é muito mais prático! Que nada, a onda agora é o Twitter. E da mesma maneira que tudo se dissolve rapidamente, a internet agora ganhou um nome avançadinho, tem até número, que dá aquele ar de modernidade que a gente gosta: virou Web 2.0. O fato é que a chuva de conteúdo que recebíamos das instituições jornalísticas e de fonte relativamente confiável, agora virou uma avalanche de bobagens sem ter fim. Todo mundo opina, todo mundo está certo e todo mundo tem a sua teoria brilhante. Sensacional, sim, se isso, na maioria das vezes, não fosse lixo puro.

Me cansa visitar blogs com textos enormes, cheios de opiniões replicadas que, no fundo no fundo, não querem dizer nada. Ou é, simplesmente, mais do mesmo. Mas é esse o poder que a Web 2.0 dá às pessoas, e está todo mundo mais feliz assim. A humanidade está globalizada de tal forma que as pessoas precisam debater, trocar informações e interagir. E quem ganha com isso somos nós mesmos, resta saber filtrar o que é bom e o que é ruim.

O surgimento dos blogs deu voz a uma humanidade ávida por interatividade. E não é à toa que a comunicação está na moda. Grandes jornalistas, profissionais renomados, todos se renderam aos blogs e ganharam notoriedade com isso. Noblat, Miriam Leitão, Ancelmo Góes já tinham suas carreiras estabelecidas, mas seus furos jornalísticos na esfera virtual só aguçaram ainda mais a vontade que todo mundo (ta bom, a maioria, vai...) no fundo tem dentro de si, de ser jornalista. De deter informação, de estar bem informado e, sobretudo, ser o primeiro a saber. Estar bem informado é questão de status. Ter informações concisas e relevantes, é um fator de destaque. Os blogueiros de plantão não ganham dinheiro (quer dizer, a grande maioria. Ou se já ganham, assumo, ainda não tive notícia de tal advento) colocando informação precisa na web, ganham status. E isso todo mundo quer ter.

Esse movimento já estava tão crescente na internet que os jornais não podiam fechar os olhos para tanta interatividade. Estava lá, era só agregar. Tanto que o jornal O Globo, imagino eu ter sido precursor nesse quesito, estampou na primeira página uma foto tirada com a câmera de celular de um leitor. A partir daquele momento, muita gente quis ser o provedor da melhor foto, do melhor ângulo, da informação que ninguém tem, só ‘eu’. A web 2.0 permitiu essa interatividade, esse poder. E o jornalista, está ficando a ver navios.

Há muita troca de informação, de dados, de mídia, mas o bolso não enche. A idéia de que cada clique faria a máquina registradora soar mais um sinal é fake. O jornalista escreve para o jornal, que publica em seu site. Os leitores lêem, interagem, aparecem no impresso com o status ‘leitor cicrano de tal’, e só. Agora resta para os jornais conseguir criar uma fórmula mágica que faça com que as pessoas paguem pelo que estão lendo, não só no papel, mas também na web. Afinal, a empresa banca o trabalho do jornalista e, atualmente, quem está bancando os gastos da empresa? Ninguém. Ah, sim, os mirrados sponsors que não fazem sequer pagar a conta de telefone de um mês de redação fervorosa.

O Jornal Extra faz um trabalho fantástico com os MOJOs, mas ainda não consegui chegar ao ‘um’ a minha contagem de anúncios que não sejam de produtos da casa. E a audiência, seguindo a lógica do número de comentários, a mais imprecisa de todas, claro (mas está lá), não é tão grande quanto o advento que é um jornal popular ter uma mobilização de mídia como essa na web. Esses dias pensei em perguntar ao meu editor o porquê de a gente não fazer um trabalho semelhante. Antes, porém, pensei em quais argumentos eu apresentaria a ele para embasar minha sugestão. Quando pensei na questão financeira, desisti da idéia: seria puro status. Nesse caso, credibilidade.

Mas credibilidade dá poder ao jornal, e isso faz vender mais, porque o leitor confia naquele veículo como fonte de informação. Então voltando ao raciocínio: o leitor saiu das páginas da web para interagir com o impresso. Ok, ele está familiarizado com essa interatividade. Mas um leitor que paga R$ 1 para uma leitura enxuta está preparado para ‘bancar’ uma estrutura na internet? Está preparado para entrar na internet e assistir a um vídeo? Ele tem máquina para isso? Banda larga para tal? De acordo com o Ibope Nielsen Online sim. São 88% de usuários conectados por banda larga no Brasil. A projeção é de que 62,3 milhões de pessoas acessem a internet seja de casa, do trabalho, ou de outro local. No entanto, para mim, a questão é mais prática do que teórica: quem paga R$ 1, compra o jornal na banca (não faz assinatura) às 6h ou 7h, vai parar para ver uma notícia ‘mais completa’ na internet? Sinceramente, acho que não.

Enquanto isso o jornalista vai trabalhando sem saber onde isso tudo vai parar. Até mesmo porque, quando os executivos descobrirem que tantos profissionais mais chupam informações da web do que imaginam, periga deixar os verdadeiros “guardas de trânsito”, como foi citado por um companheiro nosso no primeiro chat da turma, para definir o que é importante, ou confiável, e não é. E assim manter um jornal cheio de informação e com custo mínimo. Não sei de que forma a web semântica pioraria ainda mais o papel do jornalista com o caminho sem volta da web 2.0. Mas, para mim, certamente piora, porque incrementa a exploração do conteúdo, dá mais voz aos blogueiros e menos aos jornalistas. Quer dizer, será? Também não sei...
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Eric Schmidt, Web 2.0 vs. Web 3.0

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Educação a distância vale a pena?

De 2000 para cá, a chamada EAD cresceu 45.000% em números de alunos no país. Muita gente, no entanto, ainda fica de pé atrás com quem tirou diploma de Pedagogia ou Licenciatura nessa modalidade de ensino. Para avaliar se isso é puro preconceito, veja o que é mito e verdade nessa área
Pré-requisitos para a matrícula

[VERDADE] O curso não é adequado para os mais jovens

VERDADE] É preciso ter um bom computador e uma boa conexão de internet

MITO] É ideal para quem tem pouco dinheiro

Qualidade pedagógica

[MITO] O diploma é fácil

[MITO] As avaliações não são difíceis

MITO] A evasão é maior

Rotina do aluno

[MITO] É possível estudar quando quiser

MITO] O aluno fica isolado e não interage com os colegas

[MITO] A dedicação exigida é menor

VERDADE] Quem é disperso não se dá bem

MITO] Não é preciso sair de casa

Estrutura e corpo docente

[VERDADE] As instituições investem mais em tecnologia do que em conteúdo

VERDADE] Os professores são menos qualificados

VERDADE] A turma de um curso a distância é maior do que a de um presencial

Perspectivas para o formado

[MITO] Os alunos aprendem menos do que no curso presencial

[VERDADE] É mais difícil conseguir emprego
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Educação a distância vale a pena?

Para quem mora longe de uma universidade ou não pode ir à aula todos os dias, a Educação a distância (EAD) parece ideal. Por isso, ela tem conquistado tanto espaço. Em 2000, 13 cursos superiores reuniam 1.758 alunos. Em 2008, havia 1.752 cursos de graduação e pós-graduação lato sensu com 786.718 matriculados, segundo a Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed). A modalidade de ensino usa ambientes virtuais, chats, fóruns e e-mails para unir professores e turmas. Assim, quem é de Ribeirão Cascalheiras, a 900 quilômetros de Cuiabá, por exemplo, pode se formar em Pedagogia pela Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), que mantém um polo na cidade.

As experiências no ensino a distância por aqui começaram no início do século 20, com cursos profissionalizantes por carta, rádio e, mais tarde, pela TV. Só com a internet e a banda larga, eles se tornaram viáveis na graduação e na pós.

Apenas recentemente começamos a apostar na EAD como uma saída para suprir a demanda por formação superior no país. Criada em 2005, a Universidade Aberta do Brasil (UAB) tem como prioridade a formação inicial de professores da Educação Básica pública, além de formação continuada aos graduados. Por meio de parcerias entre 38 universidades federais, a UAB oferece 92 opções de extensão, graduação e pós-graduação.

Poucos formados e falta de fiscalização preocupam

Estudo de 2007 capitaneado por Dilvo Ristoff, então diretor do Departamento de Estatísticas e Avaliação da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), comparou os resultados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade/2006) nas modalidades presencial e a distância. Das 13 áreas em que o confronto foi possível, os de EAD se saíram melhor em sete: Pedagogia, Biologia, Física, Matemática e Ciências Sociais, além de Administração e Turismo. Isso mostra que o fato de as aulas serem a distancia não significa que elas sejam de pior qualidade.

No entanto, é forte a desconfiança no mercado de trabalho em relação aos egressos dessa modalidade. Isso, em parte, por haver poucos diplomados. Dados do Inep revelam que, enquanto a graduação presencial formou 736.829 profissionais em 2006, o ensino a distância contabilizou apenas 25.804. Esse contingente ainda é pequeno para que as redes avaliem a competência deles.

Além disso, especialistas apontam graves problemas na forma como a EAD tem sido conduzida no país. No estudo Professores do Brasil: Impasses e Desafios, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a coordenadora Bernardete Gatti, da Fundação Carlos Chagas (FCC), relata que o governo federal ainda não dispõe de aparato suficiente para acompanhar, supervisionar e fiscalizar os cursos, fato que comprometeria sua qualidade. Outro ponto frágil da política governamental, segundo o trabalho, seria a pouca verba destinada aos tutores (que acompanham a aprendizagem dos grupos), feito por meio de bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o que tornaria a qualificação dos profissionais precária.

Para não entrar em uma arapuca, o importante é avaliar as opções antes de se decidir. O documento Referências de Qualidades para a Educação Superior a Distância, elaborado pelo Ministério da Educação (MEC), indica o que você tem direito de saber antes de se matricular:
- Métodos de ensino da universidade
- Tecnologias usadas
- O tipo de material didático usado
- Os tipos de interação disponíveis
- Quanto tempo leva para o tutor responder às dúvidas.

Outra medida importante é verificar se a instituição está credenciada, se é reconhecida e se já foi fiscalizada. Para isso, basta pesquisar no site siead.mec.gov.br, que traz as instituições que oferecem graduação e pós lato sensu a distância.

Tão importante quanto essas medidas é analisar se o modelo preenche suas necessidades e se é adequado ao seu perfil (faça o teste para saber se você tem o perfil do aluno a distância). Muito se diz sobre a EAD, mas nem tudo pode ser levado a sério. Para ajudar você a conhecer melhor essa modalidade, selecionamos as 16 afirmações mais comuns sobre ela e, com base em estudos, estatísticas e opiniões de renomados especialistas, esclarecemos o que é mito e o que é verdade.
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SEBRAE - Second Life 2008

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Second Life como Ferramenta de Educação

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Ensino a Distância JORNAL NACIONAL

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Gerações de Ensino a Distância

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tecnologia ou metodologia

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Tecnologia na Educação a Distância

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Realidade da EaD no Brasil

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Considerações de Pierre Lévy sobre Educação à Distância

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História e significado do Podcast

De acordo com a Wikipedia, a enciclopédia livre, Podcast é o nome dado ao arquivo de áudio digital, geralmente em formato MP3 ou AAC (este último pode conter imagens estáticas e links), publicado através de podcasting na internet e atualizado via RSS. Também pode se referir a série de episódios de algum programa quanto à forma em que este é distribuído. A palavra é uma junção de iPod ou de "Personal On Demand" (numa tradução literal, algo pessoal e sob demanda) e broadcast (transmissão de rádio ou televisão). O podcast em vídeo chama-se "videocast", geralmente em arquivo formato MP4.


O termo "podcast" é creditado a um artigo do jornal britânico The Guardian em 12 de fevereiro de 2004, mas, nesse primeiro momento, o termo não se referia ao formato de transmissão com RSS, o que só aconteceu em setembro daquele ano, quando Dannie Gregoire usou o termo para descrever o processo utilizado por Adam Curry.


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Podcast


Com o advento da WEB 2.0, os internautas podem criar seu Podcasts e interagirem com outros internautas, não se limitando a espaços físicos locais. Para isso, o internauta precisará utilizar-se dos ambientes WEBs disponíveis para a criação. Disponibilizaremos aqui a informação do Audacity que é um programa livre e gratuito, de código fonte aberto, para edição de áudio digital. Está disponível para Mac OS X, Microsoft Windows, GNU/Linux e outros sistemas operacionais.
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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Manual Web2.0 Professores

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100 Ferramentas para EAD

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O que é Second Life?

O Second Life é um simulador da vida real ou também um MMOSG, em um mundo virtual totalmente 3D, onde os limites de interação com o game vão além da sua criatividade. Nele, além de interagir com jogadores de todo o mundo em tempo real, é possível também criar seus próprios objetos, negócios e até mesmo personalizar completamente seu avatar, tudo em modelagem 3D.

O fundamento do jogo está em incentivar cada jogador a encontrar um meio de sobreviver, aprendendo e desenvolvendo atividades lucrativas, as quais irão refletir diretamente em seu poder aquisitivo dentro do jogo. O Second Life possui sua própria moeda, o Linden dollar (L$), que pode ser convertida em dólares verdadeiros, respeitando a sua cotação no dia corrente. Seguir uma carreira de sucesso no jogo atingirá diretamente a sua vida real!

Há inúmeras maneiras de se obter uma fonte de renda: você pode criar objetos, construir imóveis, desenvolver acessórios para os avatares e muito mais. O ponto forte do jogo está em possibilitar que cada jogador desenvolva atividades com as quais tenha mais afinidade, sendo assim, o sucesso virá da criatividade e perspicácia de cada um.

O outro mundo
Jogar Second Life é como viver em outra vida, porém virtualmente. A liberdade que o jogo lhe dá é incrível, permitindo que você trace uma vida paralela à vida real, concretizando e realizando seus planos até então impossíveis de serem atingidos em nosso mundo. O cenário do jogo é em terceira dimensão e completamente interativo, onde qualquer objeto encontrado em sua jornada viabilizará a sua interação conforme sua respectiva função.

Seus cenários são baseados em uma típica ilha tropical, cercada por centenas de ilhotas. Mas não se preocupe com distâncias: neste mundo você pode voar e se teletransportar! Durante o jogo, há dois mapas disponíveis para ajudá-lo em sua localização: um mini mapa que representa a região onde você está e o próprio mapa, onde você visualiza o mundo por completo.
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Educação e Tecnologias: Mudar para valer

Internet, as redes, o celular, a multimídia estão revolucionando nossa vida no cotidiano. Cada vez resolvemos mais problemasconectados, a distância. Na educação, porém, sempre colocamos dificuldades para a mudança, sempre achamos justificativas para a inércia ou vamos mudando mais os equipamentos do que os procedimentos. A educação de milhões de pessoas não pode ser mantida na prisão, na asfixia e na monotonia em que se encontra. Está muito engessada, previsível, cansativa.
As tecnologias são só apoio, meios. Mas elas nos permitem realizar atividades de aprendizagem de formas diferentes às de antes. Podemos aprender estando em juntos em lugares distantes, sem precisamos estar sempre juntos numa sala para que isso aconteça.

Muitos expressam seu receio de que o virtual e as atividades a distância sejam um pretexto para baixar o nível de ensino, para aligeirar a aprendizagem. Tudo depende de como for feito. A qualidade não acontece só por estarmos juntos num mesmo lugar, mas por estabelecermos ações que facilitem a aprendizagem. A escola continua sendo uma referência importante. Ir até ela ajuda a definir uma situação oficial de aprendiz, a conhecer outros colegas, a aprender a conviver. Mas, pela inércia diante de tantas mudanças sociais, ela está se convertendo em um lugar de confinamento, retrógrado e pouco estimulante.

O conviver virtual vai tornar-se quase tão importante como o conviver presencial. A escola precisa de uma sacudida, de um choque, de arejamento. Isso se consegue com uma gestão administrativa e pedagógica mais flexível, com tempos e espaços menos predeterminados, com modos de acesso a pesquisa e de desenvolvimento de atividades mais dinâmicas.

Passando pelos corredores das salas das universidades, o que se vê é quase sempre uma pessoa falando e uma classe cheia de alunos semi-atentos (na melhor das hipóteses). A infra-estrutura é deprimente. Salas barulhentas, a voz do professor mal chega aos que estão mais distantes. Conseguir um datashow na maioria delas é uma tarefa inglória. Muitas vezes existe um único equipamento para um prédio inteiro.

É hora de partir para soluções mais adequadas para o aluno de hoje. Os adultos mantemos o status quo, em nome da qualidade, mas na verdade nos apavoramos diante da mudança, do risco do fracasso. Mas o fracasso não está bem na nossa frente? Quantos alunos iriam a nossas aulas se não fossem obrigados? Há maior fracasso do que este?

A escola pode ser um espaço de inovação, de experimentação saudável de novos caminhos. Não precisamos romper com tudo, mas implementar mudanças e supervisioná-las com equilíbrio e maturidade.

Manter o currículo e as normas, tal como estão, na prática é insustentável. As secretarias de educação precisam ser mais proativas e incentivar mudanças, flexibilização, criatividade.

Professores, alunos e administradores podem avançar muito mais em organizar currículos mais flexíveis, aulas diferentes. A rotina, a repetição, a previsibilidade é uma arma letal para a aprendizagem. A monotonia da repetição esteriliza a motivação dos alunos.

São muitos os recursos a nossa disposição para aprender e para ensinar. A chegada da Internet, dos programas que gerenciam grupos e possibilitam a publicação de materiais estão trazendo possibilidades inimagináveis vinte anos atrás. A resposta dada até agora ainda é muito tímida, deixada a critério de cada professor, sem uma política institucional mais ousada, corajosa, incentivadora de mudanças. Está mais do que na hora de evoluir, modificar nossas propostas, aprender fazendo.

O sistema bimodal – parte presencial e parte a distância - se mostra o mais promissor para os alunos da quinta série em diante. Reunir-nos em uma sala e reunir-nos através de uma rede são os caminhos da educação em todos os níveis, com diferentes ênfases. As crianças precisam ficar muito mais tempo juntas do que conectadas. Mas à medida que vão crescendo, o nível de interação a distância deve aumentar progressivamente.

Hoje obrigamos os alunos a ir a um local para aprender. Em determinados momentos isso é um contra-senso. O importante é que gostem de aprendem de várias formas, motivados, utilizando as potencialidades de estar juntos e de estar em rede. Os alunos gostam da comunicação online, da pesquisa instantânea, de tudo o que acontece just in time, naquele momento. As salas de aula precisam estar equipadas com acesso a Internet para mostrar rapidamente o resultado de uma pesquisa em tempo real na sala. Os alunos necessitam de mais laboratórios conectados, principalmente os mais carentes, sem esse acesso em casa. Para alunos com acesso a Internet é possível realizar uma parte do processo de aprendizagem a distância/conectados. E os alunos sem esse acesso poderiam fazer essas mesmas atividades nos laboratórios.

Todos os que estamos envolvidos em educação precisamos conversar, planejar e executar ações pedagógicas inovadoras, com a devida cautela, aos poucos, mas firmes e sinalizando mudanças. Sempre haverá professores que não querem mudar, mas uma grande parte deles está esperando novos caminhos, o que vale a pena fazer. Se não os experimentamos, como vamos a aprender?

Não basta tentar remendos com as atuais tecnologias. Temos quer fazer muitas coisas diferentemente. É hora de mudar de verdade e vale a pena fazê-lo logo, chamando os que estão dispostos, incentivando-os de todas as formas – entre elas a financeira – dando tempo para que as experiências se consolidem e avaliando com equilíbrio o que está dando certo. Precisamos trocar experiências, propostas, resultados.
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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Facebook ameaça o futuro da Rede

23 de novembro de 2010


Facebook ameaça o futuro da Rede, diz Tim Berners-Lee
Não é de hoje que venho comentando com colegas da área sobre a Apple e seus aplicativos exclusivos, caros e destinados apenas aos seus aparelhos, como também sobre o controle da rede não mais por usuários e sim, pelos interesses das empresas que a estão dominando. Apesar da genialidade de Mark Zucemberg, o Facebook monopoliza a rede... assim como o Google. .Afinal de contas, a internet nasceu para ser livre.... Você não concorda?


Veja então a opinião do "pai" da rede, Tim Berners-Lee diz sobre isso!


Facebook provoca 'fragmentação' e ameaça futuro da rede, diz pai da web. Para Tim Berners-Lee, monopólio de rede social pode 'limitar a inovação'. Pesquisador também criticou Apple e uso de 'aplicativos' no lugar de sites. Leia mais....


As redes sociais como Facebook, LinkedIn e Friendster, são uma "ameaça" ao desenvolvimento da internet, e cabe aos usuários da rede pressionar para que "os príncípios da web se mantenham intactos", afirma o pesquisador britânico Tim Berners-Lee, que criou a World Wide Web em 1989, em artigo publicado nesta segunda-feira (22) na revista "Scientific American".
Berners-Lee criticou ainda o risco do surgimento de um monopólio por parte do Facebook - algo que, em sua opinião, "limita a inovação" - e atacou a Apple pelo uso do iTunes e pelo estimulo à publicação de conteúdo em aplicativos, e não na própria World Wide Web. Segundo ele, esse tipo de atitude cria "ilhas de informação", que acabam isoladas do resto da rede.
No texto, Berners-Lee critica a "fragmentação" da informação provocada pelo uso de arquiteturas que dificultam a ligação e a indexação das informações. Recentemente, o Facebook foi criticado por representantes do Google por "trancar" as informações dentro de seu próprio ambientes.
"Quando você coloca informações nesses sites (redes sociais), você não pode utilizá-las com facilidade em outros sites. Cada página é um silo, isolada das outras. Sim, essas páginas estão na internet, mas os dados, não", diz o pesquisador.
"Quanto mais esse tipo de arquitetura ganha força, maior é a fragmentação da web, e menos podemos nos beneficiar de um espaço único e universal de informações."
O pai da web também criticou a Apple por não integrar as informações presentes no sistema de venda de músicas iTunes à web. "Você só pode usar links que começam com 'itunes:' no próprio iTunes, software proprietário da Apple. (...) Então você não está mais na web. O mundo do iTunes é centralizado e cercado."
"Outras companhias também estão criando mundos fechados. A tendência para as revistas, por exemplo, de criar 'aplicativos para smartphones' em vez de desenvolverem para a web é perturbadora", disse. A solução ideal, segundo Berners-Lee, seria criar "aplicativos para a web que também rodem em smartphones", unificando o conteúdo e mantendo toda a informação integrada à rede.
De acordo com Berners-Lee, o desenvolvimento da internet deveria estar "sob o controle dos usuários", e que, se as pessoas "querem saber o que os governos estão fazendo, o que nossas empresas estão fazendo, entender o verdadeiro estado do planeta, encontrar a cura para o Alzheimer, sem falar em compartilhar fotos com nossos amigos", é obrigação da comunidade científica e da imprensa lutar para que "os princípios da web se mantenham intactos".

fonte: globo - G1 - Tecnologia e Games
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Web 3.0 on Vimeo

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Relevante Contribição Social - Ead

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Educação Virtual requer muito mais que tecnologias


Especialista norte-americano aponta exigências e tendências do setor

A Educação Superior Virtual é muito mais do que o uso de novas tecnologias no processo de ensino e aprendizagem. Foi o que disse Michael Moore, pioneiro do ensino a distância e professor de educação da Universidade do Estado da Pennsylvania, Estados Unidos, durante a primeira palestra do 1° Seminário Internacional GUIDE (Global Universities in Distance Education) de Educação Superior Virtual, realizada na manhã desta quinta-feira, 14 de outubro, em Florianópolis.

Embora o conceito equivocado do processo de ensino virtual ainda seja adotado por muitas instituições nacionais e internacionais, Moore afirma que tão importante quanto os investimentos nas novas tecnologias estão os cuidados com os processos pedagógicos, as estruturas organizacionais e as políticas educacionais internas e externas. “EAD não é sinônimo de tecnologia. Ainda que as ferramentas sejam um mediador do processo, por si só não viabilizam a efetividade do ensino”, garante ele.

Com os avanços tecnológicos, o professor recomenda a identificação de alternativas que possam favorecer o processo de aprendizagem. “A web 1.0 foi substituída pela versão 2.0. Em 2004, surgiram o MySpace e o Facebook, em 2005, o Youtube e, em 2006, o Twitter”, cita Moore, que reconhece o potencial dessas ferramentas para a interação social. Mesmo assim, ele enfatiza a necessidade dos gestores educacionais identificarem a capacidades dessas redes sociais no desenvolvimento pedagógico.

Mas essas tecnologias, na opinião de Moore, só agregam valor ao processo de ensino quando estiverem acompanhadas de um bom planejamento pedagógico. “Os professores deixam de assumir o papel de grandes autores desse sistema e passam a ser produtores e administradores do fluxo de informações disponíveis na rede”, afirma ele. Para Moore, é preciso garantir que os estudantes – com os mais variados perfis – processem as informações em conhecimentos. “Os programas precisam ser estruturados para um estudo independente”, diz.

Em sua apresentação, Moore também ressalva a importância da estruturação dos processos gerenciais da educação a distância. “No século XXI, os modelos singulares e duplos perdem expressão com a chegada do modelo virtual”, aponta o professor, que cita a criação de alianças estratégicas como tendência ao novo modelo gerencial do setor. “São redes de instituições de Ensino Superior que cooperam entre si na formação e na apresentação de programas, geralmente com dupla titulação”, explica ele. “O sucesso dessas cooperações, no entanto, está no gerenciamento conjunto de todos os processos”, acrescenta ele.

Outra tendência do século XXI na Educação Superior Virtual destacada por Moore é a desagregação vertical. “São alianças estratégicas nos diferentes processos de ensino-aprendizagem. Assim é possível apoiar os melhores conteúdos. É um tipo de rede flexível, versátil e ágil”, define ele.

Por fim, mesmo com a incorporação de tecnologias de alta interatividade e acessibilidade, bem como com a implantação de modelos pedagógicos e gerenciais de qualidade, a sustentabilidade da Educação Superior Virtual Sistema também depende de sistemas políticos internos e externos que favoreçam as expansões. É o que enfatiza Moore. “Sem esse suporte político, não há modelos, parcerias e tecnologias capazes de propiciar a evolução do processo de ensino e aprendizagem virtual dentro e fora do Brasil”, defende ele
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Prêmio e-Learning Brasil

Projeto Educação Sebrae é campeão na categoria “Relevante Contribuição Social” no Prêmio e-Learning Brasil 2010.

Marcia Matos e Mirela Malvestiti recebem o e-Learning Brasil 2010.

O Prêmio e-learning Brasil foi criado em 2001 para destacar as melhores iniciativas de uso das tecnologias na aprendizagem e elevar os níveis de qualificação, capacitação, desempenho, contribuição para os resultados e níveis de competitividade global das organizações brasileiras.

Entre os dias 23 e 24 de junho, aconteceu em São Paulo, a décima edição do prêmio.

Considerado o maior e mais importante evento de e-learning da América Latina, este ano contou com a participação de mais de mil profissionais, líderes, formadores de opinião e responsáveis pelo desenvolvimento do capital humano de algumas das principais organizações públicas, privadas e educacionais do país; além do reconhecimento da mídia nacional e internacional.

Os premiados fazem parte de um seleto grupo de instituições reconhecidas pela iniciativa, pelo esforço e pelos resultados.

O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE é uma sociedade civil sem fins lucrativos que tem como missão “promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável das micro e pequenas empresas e fomentar o empreendedorismo”.

O projeto Educação SEBRAE – Cursos pela Internet foi criado em 2001 e oferece hoje nove cursos gratuitos pela internet voltados a quem deseja abrir uma empresa ou aperfeiçoar o negócio. Os programas são de curta duração, com previsão de término para 30 ou 60 dias.

O Projeto é reconhecido e acompanhado pela Direção Executiva do SEBRAE Nacional e dos SEBRAE Estaduais.

Para realizar os cursos, basta possuir acesso à internet e e-mail para a confirmação da inscrição e receber o aviso do início das atividades. No decorrer de cada curso, tutores experientes em cada um dos assuntos acompanham os alunos, tirando dúvidas e apoiando na discussão de temas referentes ao que está sendo estudado.

Nesses nove anos, já foram atendidos mais de 1,3 milhões de alunos. Cerca de 70% foram certificados, sendo que 90% desses manifestaram-se satisfeitos com os cursos realizados. Para atender todas essas pessoas, o projeto conta atualmente com uma equipe de cento e dezesseis tutores, dez coordenadores, doze monitores, quatro orientadores educacionais e um responsável técnico, que realizam, em média, mais de dez mil atendimentos por mês, via chat, e-mail ou telefone.

Cinquenta por cento dos tutores estão no projeto desde o início, o que confere ao grupo, solidez no trabalho com educação a distância. O grupo também recebe orientação permanente para condução das ações de tutoria, capacitação continuada sob a forma de cursos, também a distância.

Reconhecimento pelo magnífico trabalho desenvolvido, o prêmio reflete o empenho, a dedicação e o profissionalismo de toda a equipe envolvida.

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A USP e o ensino a Distância

Embora as universidades federais venham há muito tempo expandindo o sistema de educação a distância, só agora a USP - a maior e mais importante instituição de ensino superior do País – vai lançar seu primeiro curso com base nesse modelo pedagógico. Trata-se de uma licenciatura de ciências, que será oferecida aos interessados em geral, mas que foi especialmente concebida para qualificar os professores do ensino básico.

A educação a distância favorece quem reside em locais longínquos e não consegue acompanhar os cursos tradicionais de graduação, que são presenciais. Ela também beneficia quem decidiu voltar a estudar sem, contudo, precisar comparecer diariamente à universidade. Por isso, o aluno desse tipo de curso tende a ser um pouco mais velho do que os dos cursos universitários tradicionais. O projeto da USP prevê a abertura de 360 vagas, e os docentes da rede pública estadual que conseguirem ser aprovados no processo seletivo, que ficará sob responsabilidade da Fuvest, receberão um bônus do governo estadual.

Do total de aulas, 52% serão a distância e 48% exigirão a presença dos alunos nos campi de São Paulo, Ribeirão Preto, Piracicaba e São Carlos. Dependendo dos resultados, a reitoria poderá expandir essa forma de ensino, que sempre foi muito criticada na instituição. Apesar de a experiência vir apresentando excelentes resultados nas universidades federais, no âmbito da USP permanece a oposição contra ela, que decorre mais de razões ideológicas do que de argumentos técnicos e pedagógicos.

As críticas começaram em outubro de 2008, quando o governador José Serra assinou o decreto que criou a Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), envolvendo o Centro Paula Souza, a Fundação Padre Anchieta, a Fundação do Desenvolvimento Administrativo (Fundap) e a Fapesp, além das três universidades públicas estaduais – a USP, a Unicamp e a Unesp. Inspirada na experiência da Open University, da Inglaterra, da Université Virtuelle em Pays de la Loire, na França, e da Universitat Oberta de Catalunya, na Espanha, a ideia era montar um consórcio acadêmico-tecnológico para ampliar a oferta de cursos gratuitos de graduação, pós-graduação e educação continuada no Estado.

Pelo decreto, a Univesp foi encarregada de definir o projeto acadêmico e a Fapesp, de assegurar o apoio financeiro. As três universidades, o Centro Paula Souza e a Fundap ficaram encarregados de formular os conteúdos dos cursos e produzir o material didático. E a Fundação Padre Anchieta se comprometeu a abrir um canal aberto para a transmissão dos cursos, com programação de 24 horas por dia. Os primeiros cursos foram abertos pela Unesp (em pedagogia) e pelo Centro Paula Souza (em tecnologia de processos gerenciais), sendo destinados ao magistério público e aos professores das Fatecs – as escolas e faculdades técnicas do governo estadual.

No caso da USP, a oposição à experiência partiu de facções de estudantes e servidores ligados a micropartidos da esquerda radical, como o PSTU e o PSOL, e de setores docentes vinculados ao PT. Na greve de 2009 deflagrada pela Adusp e pelo Sintusp, a universidade virtual e o ensino a distância foram duramente criticados. A alegação é de que a Univesp teria sido concebida por Serra para esvaziar a autonomia universitária e que sua expansão comprometeria os padrões de excelência do ensino superior público. Houve, inclusive, quem acusasse o governo estadual de usar o ensino a distância para criar um sistema de qualidade diferenciada, oferecendo educação de segunda categoria para os setores mais carentes da sociedade. E houve ainda quem dissesse que a educação a distância dissocia o ensino da pesquisa e priva os alunos de “convívio democrático” que só os cursos presenciais propiciariam.

Foi com base nesses argumentos “politicamente corretos” e primários que minorias de professores, estudantes e funcionários conseguiram retardar a implantação do ensino a distância na USP. O lançamento do primeiro curso mostra que a instituição finalmente venceu uma resistência obscurantista e de má-fé, que até agora a impedia de pôr em prática a bem-sucedida experiência das universidades federais nesse tipo de ensino.

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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Impacto da Tecnologia da Informação na vida Social

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Por que EAD

Desvantagens do modelo de ensino presencial, vantagens do modelo a distância e o fator crítico de sucesso de ambas

Este artigo descreve algumas limitações do ensino presencial e como o EAD - Ensino a Distância pode lidar com essas limitações. No que eles têm em comum, é apresentada uma proposta de abordagem didática mais efetiva e mais motivadora para os alunos.

Note que o propósito aqui não é demonstrar que o Ensino a Distância é melhor do que presencial, já que o que é melhor depende de vários outros fatores, como o contexto e as características individuais dos envolvidos; são abordados alguns aspectos estruturais relevantes em um processo de decisão, com uma ênfase particular na metodologia.

Sincronismo em espaço, tempo e conhecimentos

Uma característica estrutural do ensino presencial é que professor e alunos devem estar presentes em um mesmo local ao mesmo tempo, em uma ou várias ocasiões. Pode-se portanto dizer do ensino presencial que ele é síncrono no que se refere a espaço e tempo.

O fato de o ensino presencial ser assim síncrono implica que todos os envolvidos, sejam eles professores, alunos e eventualmente outros, como por exemplo um técnico, assistente, bedel ou disciplinário, devem estar disponíveis e presentes nos horários estabelecidos, durante as sessões de que é composto um curso ou treinamento, como aulas em classe ou laboratório. Ou seja, se o ambiente não estiver disponível, a aula não será possível. Se o professor não estiver disponível, a aula não acontecerá. Se um aluno não estiver disponível, perderá a aula.

Um outro tipo de sincronismo no ensino presencial, não crítico mas desejável, é o de conhecimentos dos alunos. Se estes estiverem nivelados com relação aos pré-requisitos, o professor poderá conduzir seu planejamento normalmente. Caso contrário, ou o professor gastará tempo fazendo o nivelamento, ou irá alterar o planejamento para adequá-lo aos menos conhecedores, ou ainda despenderá tempo respondendo a perguntas sobre conteúdo não planejado. Se o professor não fizer nada disso, os alunos desnivelados não conseguirão acompanhar as atividades.

O risco de desnivelamento pode ocorrer de outra maneira: como em geral as atividades em classe são insuficientes para o domínio do conteúdo e o aluno deve fazer atividades extra-classe, quando ele não o faz pode ficar desnivelado, e nesse caso também não conseguirá acompanhar a partir de um certo ponto.

De fato, problemas de acompanhamento podem ocorrer no âmbito de uma aula apenas. Palavras são símbolos, símbolos têm significados, e uma pessoa para compreender uma comunicação deve interpretar os símbolos que ouve. Nesse processo ela despende um tempo, que pode ser maior ou menor conforme o domínio que tem do símbolo. Símbolos novos, ou novos significados para símbolos conhecidos, podem ou não ter seu significado apreendido imediatamente. Se isso não ocorrer, a compreensão de todas as comunicações posteriores envolvendo os conceitos não dominados ficará prejudicada. Considerando-se que em geral o primeiro contato do aluno com o conteúdo é em classe, a probabilidade disso acontecer não é desprezível, mesmo considerando-se que os alunos consigam manter sua atenção estavelmente na comunicação do professor.

Verificações

O conteúdo dos treinamentos tem dependências: a compreensão e aplicação de um objeto de aprendizagem requer assimilação, pelo menos em um nível mínimo, de outros dos quais depende. Muitos treinamentos presenciais ministram muito conteúdo em pouco tempo, e os alunos, não conseguindo assimilar esse conteúdo, podem entrar em sobrecarga, o que dificulta a assimilação de novos conteúdos, gerando um círculo vicioso. Esse padrão é uma das causas do assincronismo de conhecimentos.

Um professor poderia contornar algum desses obstáculos fazendo verificações de aprendizagem mais freqüentes e definindo atividades conforme os resultados que obtiver. Mas, via de regra, o professor presencial não tem flexibilidade com relação ao tempo e, embora o objetivo essencial de um treinamento seja o aprendizado por parte dos alunos, o objetivo prioritário do professor acaba sendo cumprir o conteúdo. Assim, as verificações, quando feitas, o são em periodicidade ou momento que não permitem ao professor fazer muita coisa com as informações obtidas. O que deveria ser portanto verificação de aprendizagem para guiar o professor no planejamento de ensino e os alunos no planejamento da aprendizagem, acaba sendo uma avaliação que decide a aprovação.

Os efeitos do aprendizado inadequado e incompleto podem ser maiores, em particular no ensino médio, que tem vários mecanismos de aprovação de alunos, como recuperação, conselho de classe e dependência: os alunos com aprendizado deficiente podem se tornar os desnivelados de turmas à frente, onde vão interferir negativamente no trabalho do professor e dos colegas.

Didática

O ensino presencial se apóia muito na didática do professor, vista como a capacidade deste apresentar e trabalhar um conteúdo de forma clara e facilmente compreensível e assimilável pelos alunos. Se o professor não tiver uma didática madura e, considerando que a didática tem um grau de subjetividade, seu estilo didático não for adequado para alguns alunos, o aprendizado fica novamente prejudicado.

EAD

No Ensino a Distância, EAD, não há necessidade de sincronismo em tempo e espaço: o aluno faz o treinamento quando pode, segundo um planejamento pessoal. Não há necessidade de o aluno estar no mesmo ambiente que o professor e os demais alunos, ou fazer as aulas no mesmo horário. O aluno não precisa necessariamente sacrificar horário de trabalho ou da família. Ninguém perde aulas. O aluno pode rever ou refazer as aulas quantas vezes quiser.

Também o professor praticamente só precisa ter didática ao elaborar o treinamento, que pode ser revisto tantas vezes quanto preciso para ser melhorado, inclusive colaborativamente, incorporando a inteligência de ensino de vários autores e também, em várias versões, os feedbacks dos alunos.

Algumas exceções ocorrem quando o treinamento EAD tem atividades síncronas, como um tutor disponível para bate-papo na internet ou provas presenciais. Mas a maioria das atividades síncronas em EAD é complementar e não obrigatória, e as obrigatórias são definidas com antecedência suficiente para o aluno se planejar adequadamente.

Um aspecto a ser considerado é a disciplina do aluno: pode-se argumentar que no ensino presencial os alunos tendem a estar mais comprometidos, há pessoas que inclusive preferem o presencial para terem mais disciplina. Talvez a pergunta mais essencial aqui seja: se uma pessoa está fazendo um treinamento sem motivação suficiente para fazê-lo, por que o faz? Achamos que treinamentos devem ser ministrados para quem vai utilizar o conteúdo, vai aplicá-lo em algum objetivo. Isso é o que fornecerá sentido à pessoa para dedicar-se ao treinamento.

Além da não percepção de valor no conteúdo do curso, a desmotivação pode ser causada pela não-percepção de progresso. Veja a próxima seção para uma alternativa para lidar com essa possibilidade.

Considerações metodológicas

Há um elemento no ensino que pode tornar qualquer formato inefetivo. Nesta seção investigamos alternativas didáticas aplicáveis tanto ao ensino presencial quanto ao EAD.

Considere um treinamento sobre o Power Point. Para que uma pessoa produza e use uma apresentação, na forma de um arquivo PPT ou PPS, deve saber várias coisas.

- o produto a ser elaborado: estrutura (slides), controle da apresentação, recursos auxiliares (canetas, navegador de slides);

- estrutura, interface e recursos do programa;

- como usar os recursos do programa para elaborar uma apresentação;

- ambiente: Windows, Windows Explorer, noções de hardware.

E para fazer apresentações melhores e com mais produtividade, convém também conhecer:

- Outros programas, como editor de imagens.

- Outros recursos, como internet, serviço de pesquisa.

Em particular, os recursos do programa envolvem muitos objetos de aprendizagem: operações com arquivos, slides, texto e imagens, formatação, animações e transições, além de recursos de diagramação, como rodapés e slide mestre, e navegação, como botões de ação e hyperlinks.

Elaborar uma apresentação pode incluir também diretrizes para estruturar o texto de slides, combinar texto e ilustrações e oratória, entre mais possibilidades.

Esses elementos formam o conteúdo do ensino, é o que é ensinado ou que pelo menos pode ser ensinado, e que quando bem estruturado se torna um conjunto de objetos de aprendizagem[1].

Um segundo elemento do ensino é como ensinar: as estratégias de apresentação e exercício, os recursos e sua utilização, a distribuição de conteúdo e conseqüente planejamento.

Há pelo menos duas alternativas metodológicas para o planejamento do ensino. Uma é focada no que existe e nas possibilidades decorrentes. Essa abordagem costuma resultar em muitas descrições:



“O Power Point é um programa para apresentações... A área de trabalho do Power Point tem as barras, a área de edição... O menu Arquivo tem os itens Novo, Abrir, Salvar....”.



Outro enfoque é em resultado e aplicação. Por exemplo, mostra-se uma apresentação simples e conduz-se o aluno a executar os procedimentos que vão produzir a apresentação; depois mostra-se como preparar e fazer a apresentação.

É muito comum o enfoque descritivo de possibilidades. No caso do Power Point, já vimos um curso de banca e um livro sobre mapas mentais com um “roteiro passo-a-passo” com essa abordagem. Um curso na Web sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal descreve a lei e seus artigos, um por um, falando das implicações de cada um.

Ocorre que, na prática, o aluno não vai aplicar aqueles conhecimentos na seqüência em aparecem. Ele terá algum objetivo, algum resultado a obter, e terá que identificar os conhecimentos relacionados, descobrir os que se aplicam no contexto da sua atividade e combinar esses conhecimentos com outros para conseguir atingir o resultado. Isso é semelhante ao planejamento de uma viagem: primeiro define-se o destino, depois formula-se um plano para se chegar lá, partindo-se das possibilidades da localização atual.
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